sábado, 3 de julho de 2010

O sonho acabou


Como assim? De repente eu olhei pro relógio e faltavam oito minutos e mais dois gols. Percebi que não iria acontecer. Que o sonho estava prestes a acabar.. Como assim, Dunga?

Eu acreditei em você. Quando todo mundo falava mal, dizia isso e aquilo, eu sempre acreditei. Pensava que no dia 11 de julho, quando o Brasil virasse hexacampeão mundial, você seria aquele típico exemplo de teimoso que deu certo, sabe? Eu acreditei em toda aquela sua história de comprometimento. Acreditei que podíamos ganhar, mesmo com um time sem grandes craques e cheio de falhas. Acreditei no Kaká, acreditei no Robinho, Luis Fabiano. E você, Julio César? Acreditei em você também. O melhor goleiro do mundo e agora estamos todos nós, 190 milhões de brasileiros, tristes, desapontados, por um erro seu. Erro que não podia acontecer naquela altura do campeonato.

Não, não quero culpar alguém por isso. Até por que quando se trata de TIME não tem em quem jogar a culpa. Ela pode ser de cada um. Dunga, por não ter um reserva que jogasse como o Kaká, caso ele não estivesse espetacular, como sempre. Ou, talvez, por nunca trocar os jogadores na hora certa. Ou, quem sabe, por acreditar demais em um time que ele sonhou que seria perfeito. Julio César, pelo seu ego e sua vontade de querer agarrar todas, porque não enxergou o Felipe Melo bem na sua frente? Kaká, quem era você no último jogo? Esperei por um gol seu como uma criança espera por um doce e ele não veio! E, você, Felipe Melo? Que vontade é essa de ser protagonista, meu bem? Mas culpa mesmo, não tem como jogar nas mãos de um só.

Triste, sim, estou. Desapontada, desacreditada e não achei que fosse me sentir assim se isso acontecesse. Mas ontem, senti um aperto no coração tão forte quando o jogo acabou, que tive que enxugar as lágrimas dos meus olhos.

Agora é esperar por 2014. Ver o jogo ao vivo, esperar pelo futebol-arte brasileiro acontecer novamente. Ganso, Neymar, Nilmar, Kaká e Robinho.. Nossa seleção pode ser cheia de craques e fazer acontecer. Não vejo a hora de chegar mais uma vez.

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