domingo, 10 de outubro de 2010

Amor engorda

Isso mesmo. Amor engorda. Amar engorda. No início, paixão emagrece. Um toque do celular, uma mensagem de texto, um e-mail, um olhar. Qualquer coisa é motivo para o coração disparar e isso vale mais do que correr 10 km. Sem contar que o apetite do apaixonado pode ser saciado por coisas que não engordam. Beijos intermináveis, pele com pele, mão esbarrando na mão. O sono diminui, a adrenalina corre como louca, olhos brilhando. Cada suspiro consome 15 calorias.


E de repente, o mal-me-quer, bem-me-quer vira bem-me-quer, bem-me-quer. Os dias passam em câmera lenta se não estão juntos. Não há mais necessidade de dormir, comer, falar. Os dias se ajeitam na espera do encontro. Ou de uma ligação.

Até o dia que a paixão vira amor. Tudo é motivo para celebração. E celebração lembra... Comer! Conquistaram o coração um do outro e não é todo dia que isso acontece. É café na cama, almoço, ceia, viagens de férias banhadas a comidas típicas, bebidas maravilhosas, sobremesas de dar água na boca. Tudo em busca de novidades para o amor. E a novidade já não é o outro, mas tudo o que se faz junto, tudo o que se gosta, tudo o que se ama. E pode haver algo mais adorável, excitante e gratificante do que descobrir que se gosta da mesma comida?

O amor chama o amor de gordinho, gordinha, docinho. Dá chocolates caros de presente. Compra vinhos, queijos, quiches e risotos. E assim o amor engorda.

Todos perguntam o que é o amor. Como sabem que estão amando. Como funciona. Essas respostas eu não sei. Mas que engorda, engorda.